segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Da brincadeira da "Cabra-cega" ao texto informativo (intergeneracidade)

Por meio da intergeneracidade é possível trabalhar o texto instrucional na Educação Infantil, de modo a tornar a prática da leitura uma brincadeira. Para exemplificar, apresentamos a seguir, o poema "Cabra-cega", das autoras Mércia Maria Leitão e Neide Duarte.
A intergeneracidade consiste conforme, explica Koch (2006), em um um fenômeno de hibridização, de mistura de gêneros ou de intertextualidade intergêneros. Ou seja, consiste na possibilidade de um determinado gênero apresentar uma forma híbrida, isto é, apresentar a forma de outro gênero.

Nesse sentido, as autoras,  Mércia Maria Leitão e Neide Duarte, explicam como brincar de cabra-cega utilizando-se do poema "Cabra-cabeça". Para nós do CRINFÂNCIA, a utilização deste gênero textual  se aproxima do interesse  da criança, pois o jogo de palavras presente nele aguça a sua curiosidade e ao mesmo tempo facilita a compreensão de como brincar.E, é pensando nisso que nós do CRINFANCIA, sugerimos a você professor (a) apresentar as regras dessa brincadeira por meio do poema das autoras supracitadas e do texto instrucional.


REFERÊNCIA: Leitão, Mércia Maria; Duarte, Neide, FOLCLORICES DE BRINCAR, 2009, São Paulo, Editora do Brasil.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Brincadeiras Primordiais: Jogo de desaparecimento simbolizado

Segundo Ortiz e Carvalho (2012, pág 110) a brincadeira de desaparecimento simbolizado consiste em pequenas práticas de aparecimento e desaparecimento ou jogar um objeto longe para ser recuperado, ou seja, como nos jogos de esconde-esconde e cadê-achou. As autoras ainda ressaltam que por meio dessas brincadeiras a criança desenvolve a ideia que para desaparecer é necessário existir, visto que esta é uma noção é fundamental no processo de subjetivação.


Ortiz e Carvalho (2012, pág 110) explicam que esse tipo de jogo evolui com a criança que inicialmente realiza jogos simples de esconder o rosto com a fralda "[...] até as brincadeiras mais complexas observadas em crianças grandes, como esconde-esconde com regras elaboradas e nas brincadeiras de correr pelos grandes espaços externos."

Referências: Ortiz, Cisele; De Carvalho, Maria Teresa Venceslau. Interações: ser professor de bebês - cuidar, educar e brincar, uma única ação. Coleção Interações, 2012,  São Paulo, Ed. Blucher. 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Brincadeiras primordiais: Jogo de relação continente e conteúdo

De acordo com Ortiz e Carvalho (2012, p. 108), os jogos de relação continente e conteúdo, apresentam-se como propícios de serem realizados com o bebês, porque nessa faixa-etária é comum observá-los extremamente interessados por bolsas, caixas, gavetas, para retirar o que tem dentro e devolver, "[...] repetindo muitas a ação de tirar e pôr [...]". Segundo as autoras, esse tipo de brincadeira contribui para que o bebê se aproprie  gradativamente da noção de volume. Por isso, é muito comum haver no mercado brinquedos industrializados que instigam as crianças a encaixar peças em buracos com formas geométricas correspondentes e que ficam depositados no interior de algum brinquedo.

fonte: http://www.superduper.com.br/2010_11_01_archive.html
fonte: http://proktainfantil.blogspot.com.br/2010_06_01_archive.html
fonte: http://beirouth.wordpress.com/category/compras/page/19/

Referências: Ortiz, Cisele; De Carvalho, Maria Teresa Venceslau. Interações: ser professor de bebês - cuidar, educar e brincar, uma única ação. Coleção Interações, 2012,  São Paulo,Ed. Blucher. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Brincadeiras Primordiais: Jogo de extrair superfícies contínuas


Segundo Ortiz e Carvalho (2012, p. 108), este tipo de brincadeira consiste em

[...] ações de explorar superfícies, que observamos tanto na brincadeira citada, quando o bebê mexe no rosto do adulto, descobrindo seus buracos e saliências, como naqueles momentos em que o bebê se lambuza com a comida, a papa, a sopa, o muco, a baba. A criança experimenta com isso a construção de uma película, ou seja, a ideia de um contorno, um invólucro, a noção de limite corporal. [...]

Para essas autoras este tipo de brincadeira é primordial porque nessa faixa etária o bebê explora o mundo que o rodeia a partir de seu próprio corpo, já que para ele, “o corpo e o espaço coincidem”.

Para conhecer algumas dicas pedagógicas de brincadeiras que exploram o jogo de extrair superfícies contínuas clique aqui.

Referências: Ortiz, Cisele; De Carvalho, Maria Teresa Venceslau. Interações: ser professor de bebês - cuidar, educar e brincar, uma única ação. Coleção Interações, 2012,  São Paulo,Ed. Blucher. 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Brincadeiras Primordiais

As brincadeiras primordiais levam o bebê desde muito cedo a construir uma imagem do próprio corpo, a adquirir noção do que é externo a si, bem como, fazer representações das próprias experiências. Por isso, nos momentos em que você, professor (a), interagir com as crianças de seu grupo, é fundamental ela participe ativamente, sendo protagonista.

Para Ortiz e Carvalho (2012, p. 108) há três brincadeiras primordiais:

- Jogo de extrair-fabricar superfícies contínuas.
- Jogo de relação continente e conteúdo.
- Jogo de desaparecimento simbolizado.

Para conhecer cada uma dessas brincadeiras primordiais para os bebês, acompanhem as próximas postagens.


Referências: Ortiz, Cisele; De Carvalho, Maria Teresa Venceslau. Interações: ser professor de bebês - cuidar, educar e brincar, uma única ação. Coleção Interações, 2012,  São Paulo, Ed. Blucher. 


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Cabra-cega: Do brincar à tela do artista

Assim como, o Pega-pega, a Cabra-cega é classificada como uma brincadeira de perseguição, a qual, conforme apresentamos na postagem do dia 12/09/2013, faz parte da cultura lúdica infantil desde a antiguidade.

Desse modo, podemos verificar que, a  brincadeira da "Cabra-cega", é uma produção cultural humana que tem sido perpetuada por meio de diversas linguagens, inclusive de pinturas em tela como as que apresentamos abaixo.




quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Cabra-cega: informações

Brincando com os outros, participando de atividades lúdicas, as crianças constroem um repertório de brincadeiras e de referências culturais que compõe a cultura lúdica infantil, ou seja, o conjunto  de experiências que permite às crianças brincarem juntas (Brougêre, 2002)

De acordo com Soares (2013), a brincadeira da cabra-cega talvez tenha sido originada durante a Dinastia Zhou, da China, perto do ano 500 a.C. 

Na  Idade Média, há registros que indicam que esta brincadeira era um divertimento aristocrático realizado  na casa dos Tudor (dinastia inglesa que reinou entre 1485 e 1603).

E, a imagem acima apresentada, a qual encontramos nos arquivos da internet, indica que na Idade Média essa brincadeira era realizada entre adultos e crianças, não havendo, desse modo, distinção entre elas. Outras obras de arte conforme as apresentadas abaixo, indicam que a cabra-cega de fato faz parte do patrimônio histórico e cultural da humanidade, ficando assim, para a escola a tarefa de perpetuar essa memória.


Já no Brasil, conforme mostra, Nereide Schilaro Santa Rosa, no livro Brinquedos e Brincadeiras, a cabra-cega tornou-se uma brincadeira popular porque:


A cabra é um animal popular da zona rural do Brasil, sendo muito comum encontrá-la nos lares nordestinos. Talvez por sua popularidade, logo a cabra se tornou motivo para brincadeira ( SANTA ROSA, 2001, p.23).

Referências: http://www.jangadabrasil.org/catavento/2011/08/01/cabra-cega/
                  http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/conheca-a-origem-de-6-brincadeiras-populares/
                  http://memoriasimagens.blogspot.com.br/2011/02/cabra-cega.html
                 Santa Rosa, Nereide  Schilaro. Brinquedos e Brincadeiras. São Paulo, Editora Moderna, 2001.