"Povoar constantemente a escola com a produção das crianças é mostrar a vida da escola [...] Uma exposição pode ser um bom momento de encontro entre as pessoas, onde vemos e conversamos sobre os trabalhos e o aprendizado das crianças. Uma exposição pode ser uma celebração. Entretanto, isso não exclui a necessidade de expor o trabalho das crianças sempre" (Barbieri, 2012, p. 58).
No livro, "Interações: onde está a arte na infância?", Barbieri (2012, p. 56) questiona o uso de desenhos decorativos infantilizados, os quais encontram-se muito presentes nas paredes e muros das escolas. Segundo essa autora, esses desenhos não contribuem em nada, pois "[...] muitas vezes, são desenhos muito simplificados,com traços pobres e que pretendem 'enfeitar' a escola. Desse modo, a autora propõe que as escolas exponham nas paredes e muros a produção das próprias crianças, proporcionando assim, uma experiência estética que contribua para formação de todos na escola
Barbieri (2012, p. 57), ressalta que ao expor o trabalho das crianças é necessário termos rigor estético, pois "[...] a exposição deve mostrar o cuidado do professor com a produção de seus alunos. A valorização do processo de criação deve acompanhar a exposição". Para isso, a autora sugere:
- usar um painel limpo;
- pendurar os trabalhos com harmonia;
- utilizar diferentes materiais para forrar o painel
Nesse sentido a autora, chama a atenção para necessidade de os trabalhos se tornarem criadores de perspectiva "[...] porque as crianças podem olhar para as produções, discutir, conversar e aprender com isso" (2012, p. 57). Dessa forma, a exposição torna-se tempo e espaço de trocas, ou seja, de comunicação.
Referência: Barbieri, Stela. Interações: onde está a arte?, Coleção Interações. 2012. Ed. Blucher.
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