quinta-feira, 25 de julho de 2013

A expressão criadora e as possibilidades da modelagem com argila

"As mãos criam para que os olhos vejam, aquilo o que a mente imagina e o coração sente!"

Elisa  (3 anos ), brincando com argila

É papel da Educação Infantil propor situações de ensino-aprendizagem que favoreçam o desenvolvimento da capacidade criadora da criança, por meio de atividades pedagógicas que oportunizem o acesso às diferentes formas de expressão: música, teatro, pintura, desenho, modelagem, entre outras. E, nesta postagem, trataremos mais especificamente da modelagem com argila, pois sabemos que esse material é pouco explorado em detrimento do uso da massa plástica ou caseira. 

Para começar, vale ressaltar que de acordo com Khol (2002, p.51)  a argila "[...] é um material relaxante que estimula a imaginação, a criatividade  e a descoberta [...]". Quando as crianças manuseiam a argila é possível estimular-lhes os sentidos, sobretudo o tato e a visão, liberando assim os seus movimentos e desenvolvendo a psicomotricidade.
                                                                                                              Alana  (8 anos ) e João Pedro (5 anos)

Ao propor atividades de modelagem com argila permita que as crianças batam, enrolem, furem, torçam, amassem, puxem e alisem com os dedos molhados, já que nessa fase o importante para elas não é obter um produto plástico acabado, haja vista que no decorrer desse processo elas produzem suas narrativas, ou seja, dá sentido ao que estão produzindo, mesmo que o adulto não consiga "decifrar". Outro aspecto relevante é que essas narrativas são transitórias, posto que, no decorrer de suas produções criam, desmancham, refazem ininterruptamente sem preocupar-se em entregar um produto finalizado.


Luiza (6 anos) e Alana 
Modelar e brincar estão intrinsecamente ligados, pois ao modelar as crianças podem brincar de fazer pulseiras, bolos, anéis, mesas, cadeiras, sofás, sendo assim, nesses momentos estão representando o dia a dia das relações que vivenciam.

Referências: Kohl, MaryAnn F. O livro dos arteiros: arte grande e suja, mas fácil de limpar - Porto Alegre: Artmed, 2002.




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