Brincar é tão importante
e sério para a criança como trabalhar é para o adulto. Isso explica por que
encontramos tanta dedicação da criança em relação ao brincar. Brincando ele
imita gestos e atitudes do mundo adulto, descobre o mundo, vivencia leis,
regras, experimenta sensações (STOCCO, DINIZ, CÂNDIDO, 2010, p.13).
A “Batata quente” é uma brincadeira da tradição
oral, com regras e que envolve predominantemente o uso de material (a bola).
Para a realização dessa brincadeira o grupo de
crianças primeiramente devem ser organizadas em círculo, podendo ficar em pé ou
sentadas.
Como
brincar:
Você professor (a) deverá organizar o seu grupo
de crianças em círculo, sendo que você ou uma criança fica de fora com os olhos
vendados ou de costas para o grupo, cantando a seguinte canção: “batata quente,
quente, quente, queimou!”. Enquanto a professora ou a criança canta a bola
deverá circular entre o grupo de mão em mão até que a palavra QUEIMOU seja
cantada, a criança que estiver com a bola na mão nesse momento deverá
retirar-se do círculo. Ganha a brincadeira a última criança que sobrar.
Segundo Stocco, Diniz e Cândido (2010, p. 47),
“[...] essa brincadeira exige bastante concentração, percepção auditiva e
coordenação dos movimentos no ritmo e tempo em que a professora fala [...]”.
Para tornar essa brincadeira ainda mais desafiante, as autoras sugerem modificar
o ritmo da música que é cantada enquanto a bola passa de mão em mão para mais
rápido ou mais lento, “[...] de modo que os jogadores tenham que se adaptar e
possam desenvolver noções de velocidade e tempo”.
Também sugerimos que durante a brincadeira, você
professor (a) questione sobre a quantidade de crianças que permanecem círculo à
medida que alguém saia da brincadeira, contribuindo assim, para o
desenvolvimento da noção de subtração.
Para que seja possível a você professor (a),
observar aquilo que foi significativo e as noções que as crianças se
apropriaram enquanto realizaram a brincadeira, propomos que elas produzam uma
atividade de registro por meio do desenho. Para finalizar, indicamos a
organização de uma roda de conversa na qual cada criança possa apresentar seu
desenho, comentando sobre aquilo que foi mais relevante para ela na realização
da brincadeira.
Referência:
Stocco,
Kátia Smole; Diniz, Maria Ignez; Cândido, Patrícia. Brincadeiras Infantis nas aulas de Matemática, vol 1. 2010. Porto Alegre – RS, artmed.
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