segunda-feira, 18 de março de 2013

Música "Já sabe": DA COLETA DE DADOS AO PLANEJAMENTO DE PROJETOS OU SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS


Conforme já mencionamos no decorrer do mês de março já apresentamos dicas de duas sequências de atividades voltadas para facilitar o processo de inserção e acolhimento da criança na escola e/ou no novo grupo. E, no momento, temos sugerido atividades voltadas para a música “Já sabe” da dupla Palavra Cantada, as quais podemos citar:

§  Apreciação musical;
§  Da roda de conversa ao desenho;
§  Atividade de registro em família;
§  Da coleta de dados à confecção de tabelas e gráficos de barras.

Todas as sugestões de atividades acima citadas também contribuem para que você conheça melhor as crianças de seu grupo, a partir delas é possível planejar os objetivos e conteúdos a serem trabalhados no decorrer do ano letivo.

Nesse sentido,o post intitulado, DA COLETA DE DADOS À CONFECÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS DE BARRAS, pode gerar outros desdobramentos como, por exemplo:

Ø UMA RODA DE CONVERSA: Mediante a exposição do cartaz com o gráfico de barras, você poderá questionar sobre as ações que mais precisam ser aprendidas pelas crianças e sobre outras que gostariam de aprender na escola, mas que não aparecem no gráfico. Sugerimos que durante a discussão, você liste aquilo que as crianças dizem querer aprender.

Ø TABELA: “O QUE QUEREMOS APRENDER”: Em outro momento, você poderá expor o cartaz contendo a lista do que as crianças disseram que gostariam de aprender na escola durante a roda de conversa. Ao fazer isso, proponha uma votação para destacar o assunto de maior preferência do grupo, da seguinte maneira:




O QUE QUERO APRENDER?
NOMES
TOTAL










Após a votação, seria interessante combinar com as crianças que, o grupo começará a estudar o assunto mais votado, ou seja, os assuntos poderão ser estudados seguindo a ordem de preferências.

Para refletir: Caras professoras, por meio dessa atividade e de todas as outras que sugerimos até o momento, temos buscado valorizar a criança e o professor como protagonistas do processo educativo, posto que, ao proporcionar essas experiências de ensino-aprendizagem, entendemos que de um lado a criança é dotada de uma história e de uma cultura, as quais em hipótese alguma podem ser desconsideradas por nós professores. Desse modo, defendemos uma prática pedagógica que tenha a realidade social do educando como ponto de partida, ou seja, que considere o seu saber, baseado em suas experiências cotidianas, como o início de sua ação pedagógica.

Mas, que por entender que as experiências do educando baseiam-se no senso comum, por outro lado defendemos a ação do professor como um parceiro mais experiente “[...] aquele que faz a mediação da criança com o mundo de forma intencional, buscando as máximas possibilidades de desenvolvimento do indivíduo [...]” (Marsiglia, 2011, p. 36). Nesse sentido, caberá à escola e ao professor, a partir do que já conhece de seus educandos, “[...] selecionar os conhecimentos historicamente construídos que devam ser transmitidos, traduzidos em saber escola [...]”. Para concluir, ressaltamos que

[...] sem dúvida alguma, a experiência da vida cotidiana da criança deve ser levada em conta no processo ensino-aprendizagem, no entanto o professor deve agir na reestruturação deste conhecimento espontâneo, levando o aluno a superá-lo por meio da apropriação do conhecimento científico-teórico. Na relação dialética entre conceito espontâneo e o conceito científico, percebe-se o das funções psicológicas superiores [...] (FACCI, 2004, p. 235).

Fonte: Facci, Marilda Gonçalves Dias. Valorização ou esvaziamento do trabalho do professor? Um estudo crítico-comparativo, do construtivismo e da psicologia vigotskiana. 2004.  Campinas-SP. Autores Associados.

Marsíglia, Ana Carolina Galvão. A prática pedagógica histórico-crítica na educação infantil e ensino fundamental. 2011. Campinas-SP. Autores Associados.


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