Conforme já mencionamos no decorrer
do mês de março já apresentamos dicas de duas sequências de atividades voltadas
para facilitar o processo de inserção e acolhimento da criança na escola e/ou
no novo grupo. E, no momento, temos sugerido atividades voltadas para a música
“Já sabe” da dupla Palavra Cantada, as quais podemos citar:
§
Apreciação
musical;
§
Da roda de
conversa ao desenho;
§
Atividade
de registro em família;
§ Da coleta de dados à confecção de tabelas e
gráficos de barras.
Todas as sugestões de atividades
acima citadas também contribuem para que você conheça melhor as crianças de seu
grupo, a partir delas é possível planejar os objetivos e conteúdos a serem
trabalhados no decorrer do ano letivo.
Nesse sentido,o post intitulado, DA COLETA
DE DADOS À CONFECÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS DE BARRAS, pode gerar outros
desdobramentos como, por exemplo:
Ø UMA RODA DE
CONVERSA: Mediante a exposição do cartaz com o gráfico de
barras, você poderá questionar sobre as ações que mais precisam ser aprendidas pelas
crianças e sobre outras que gostariam de aprender na escola, mas que não
aparecem no gráfico. Sugerimos que durante a discussão, você liste aquilo que
as crianças dizem querer aprender.
Ø TABELA: “O QUE
QUEREMOS APRENDER”: Em outro momento, você poderá expor o cartaz
contendo a lista do que as crianças disseram que gostariam de aprender na
escola durante a roda de conversa. Ao fazer isso, proponha uma votação para
destacar o assunto de maior preferência do grupo, da seguinte maneira:
O QUE QUERO APRENDER?
|
NOMES
|
TOTAL
|
Após a votação, seria interessante
combinar com as crianças que, o grupo começará a estudar o assunto mais votado,
ou seja, os assuntos poderão ser estudados seguindo a ordem de preferências.
Para refletir: Caras professoras, por meio dessa
atividade e de todas as outras que sugerimos até o momento, temos buscado
valorizar a criança e o professor como protagonistas do processo educativo,
posto que, ao proporcionar essas experiências de ensino-aprendizagem,
entendemos que de um lado a criança é dotada de uma história e de uma cultura,
as quais em hipótese alguma podem ser desconsideradas por nós professores.
Desse modo, defendemos uma prática pedagógica que tenha a realidade social do
educando como ponto de partida, ou seja, que considere o seu saber, baseado em
suas experiências cotidianas, como o início de sua ação pedagógica.
Mas, que por entender que as
experiências do educando baseiam-se no senso comum, por outro lado defendemos a
ação do professor como um parceiro mais experiente “[...] aquele que faz a
mediação da criança com o mundo de forma intencional, buscando as máximas
possibilidades de desenvolvimento do indivíduo [...]” (Marsiglia, 2011, p. 36).
Nesse sentido, caberá à escola e ao professor, a partir do que já conhece de
seus educandos, “[...] selecionar os conhecimentos historicamente construídos
que devam ser transmitidos, traduzidos em saber escola [...]”. Para concluir,
ressaltamos que
[...] sem
dúvida alguma, a experiência da vida cotidiana da criança deve ser levada em
conta no processo ensino-aprendizagem, no entanto o professor deve agir na
reestruturação deste conhecimento espontâneo, levando o aluno a superá-lo por
meio da apropriação do conhecimento científico-teórico. Na relação dialética
entre conceito espontâneo e o conceito científico, percebe-se o das funções
psicológicas superiores [...] (FACCI, 2004, p. 235).
Fonte: Facci, Marilda Gonçalves Dias. Valorização ou esvaziamento do trabalho do
professor? Um estudo crítico-comparativo, do construtivismo e da psicologia
vigotskiana. 2004. Campinas-SP. Autores
Associados.
Marsíglia, Ana Carolina Galvão. A
prática pedagógica histórico-crítica na educação infantil e ensino fundamental.
2011. Campinas-SP. Autores Associados.
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