FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA DA ATIVIDADE
A dica pedagógica para a Educação
Infantil que apresentamos hoje, servirá para aprofundarmos um pouco mais a
respeito do papel da Linguagem Escrita nessa etapa de ensino, pois, conforme
mostra Stemmer (2010, p.v 131), comumente nos deparamos com professores (as)
que atuam na Educação Infantil levantando questionamentos relacionados ao processo de
ensino-aprendizagem da leitura e da escrita,
[...] são
comuns indagações como: alfabetiza-se, não se alfabetiza? E se a criança
pergunta? E se os pais ensinam? E se os
pais exigem que se ensine? Eu digo ou não digo com que letra se escreve? Eu
digo ou não digo que está escrito errado? E se não corrijo, o que os pais vão
pensar? Eu deixo a criança descobrir sozinha? Como trabalhar com a linguagem
escrita na educação infantil? Trabalha-se com a linguagem escrita na educação
infantil?
Diante de tais questionamentos, a autora
mencionada, responde que devemos sim, ensinar a linguagem escrita às crianças,
sem, contudo enfatizar mecanicamente o ler e o escrever. Stemmer (2010, p. 140), ressalta que, nós professores (as) que
atuamos nessa etapa de ensino precisamos estar conscientes de que não estamos
lidando com adultos em miniatura, visto que, conforme “[...] afirmou Luria, e
ainda que saibamos, que ela modela sua cultura primitiva, pois mesmo não possuindo
arte da escrita, ainda assim escreve; e ainda que não possa
contar, ela conta [...]”(2010, p. 140). Desse modo, a autora ressalta que nos compete
enquanto professores (as), conscientes da complexidade que envolve o processo
de alfabetização, possibilitar intencionalmente que as crianças se apropriem
dos artefatos culturais produzidos pela humanidade ao longo de sua história.
No processo de apropriação da
escrita, é fundamental que a criança compreenda a função social da escrita, ou
seja, que a leitura e a escrita não são apenas atividades escolares, mas que
As palavras
servem para brincar, para rir, para chorar, para expressar sentimentos e desejos,
para convencer, para ordenar, para informar, para aprender e ensinar, para
comunicar-se com o outro, para pensar. A linguagem é um instrumento de ação no
mundo, sobre o outro, com o outro e com os muitos outros que constituem nosso
pensamento e a nossa consciência [...]. (CORSINO, 2009, p. 50).