Considerando, que as primeiras relações sociais dos
bebês são mediadas pelo adulto, vale ressaltar a relevância do trabalho
educativo promovido pelos professores que atuam na faixa-etária de 4 meses a 1
ano, pois conforme destaca Elkonin (apud, Arce e Silva, p. 173) “[...] o
processo de desenvolvimento mental está intimamente conectado à educação das
crianças [...]”. Nesse sentido, conforme, explica Arce (2009, p. 176) a faixa
etária de zero a um ano apresenta
“[...] como atividade
principal, a comunicação emocional direta. Dessa forma, percebemos a
importância de um trabalho com bebês voltado para a estimulação da linguagem,
da fala, de exercícios que favoreçam e desenvolvimento integral do bebê”
Sendo assim, a tradicional brincadeira “Serra, serra,
serrador”, apresenta-se como uma excelente dica de atividade a ser desenvolvida
com bebês a partir de 6 meses, porque propicia o contato afetivo entre o adulto
e o bebê, o desenvolvimento da linguagem
oral, o ritmo e o movimento.
Como
e por que brincar de “Serra, serra, serrador”?
Aos seis meses o bebê possui certa rigidez
corporal que demandará do professor atenção para com a manipulação do corpo,
pois deve-se objetivar o relaxamento do bebê. Nesta fase é importante obter a
abertura da mão pela descontração do ombro estimulando a percepção tátil.
Por isso, aproveite o reflexo de preensão (que
fazem os bebês permanecerem com a mão fechadinha) para realizar essa
brincadeira: prenda os dedos indicadores nas mãozinhas do bebê, segure-as com
os outros dedos por trás, aproxime seu rosto do dele e vá levantando lentamente
o tronco da criança.
Esse tipo de brincadeira pode e deve ser
acompanhada da fala do professor que pode cantar para o bebê os versos da
cantiga folclórica, “Serra, serra, serrador”, enquanto manipula o seu corpo.
Fonte:
Arce,
Alessandra; Silva, Janaina Cassiano; É
possível ensinar no berçário? O ensino como eixo articulador do trabalho com
bebês (6 meses a 1 ano de idade). In: Arce, Alessandra; Martins, Lígia
Márcia. Ensinando aos pequenos de zero a três anos. 2009,
Campinas. Ed. Alínea.
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