AS MEMÓRIAS DE “GUILHERME
AUGUSTO ARAÚJO FERNANDES” E O
BAÚ DE HISTÓRIAS
Até o momento temos proposto experiências de
ensino-aprendizagem que priorizassem os objetos ou brinquedos favoritos das
crianças, visando, sobretudo estabelecer e fortalecer os vínculos afetivos com
o grupo e a professora. Além disso, tais experiências têm proporcionado
possibilidades de as crianças produzirem narrativas visuais e orais. Dessa
forma, pretendemos relacionar as histórias contidas no baú de memórias de “Guilherme
Augusto Araújo Fernandes” com as narrativas das crianças ao relatarem suas
memórias a respeito de seus objetos.
A partir dessas premissas, a dica pedagógica de
hoje tem como foco o planejamento de estratégias para aguçar na criança a
curiosidade em saber quem é Guilherme Augusto Araújo Fernandes e qual a relação
dessa história com o “Baú de Histórias” da turma. Para isso, ao descrevermos a
dica estaremos tratando das estratégias de leitura (clique aqui para saber mais) que
podem ser utilizadas para tornar a leitura instigante e ao mesmo tempo propiciar
um diálogo ativo entre as crianças e o autor do livro. Sendo assim, sugerimos
que a história seja lida ao longo de alguns dias. Segue abaixo, algumas
sugestões de utilização das estratégias de leitura:
1) Para começar, questione:
- Por que a história chama-se “Guilherme Augusto
Araújo Fernandes”?
- Guilherme Augusto Araújo Fernandes é uma criança,
um adolescente, um adulto ou idoso?
- Quais imagens aparecem na capa?
- Por que aparece uma pessoa idosa?
- Ao sabermos o nome dá história e ao observarmos
as imagens da capa é possível imaginar o que acontecerá nessa história? Contem
o que imaginam que vai acontecer...
3) Apresente o autor e o ilustrador da história por
meio de fotos e uma breve biografia de ambos.
4) Ao ler a história explore as imagens, tentando
relacioná-las com o texto escrito:
- Nas duas primeiras páginas aparecem o quintal da
casa de Guilherme e o quintal do asilo, peça que descrevam as diferenças entre
um e outro e ainda, por que existem essas diferenças?
- Entre as páginas 3 e 4 o autor menciona o nome
das personagens relacionando-as as suas ações, utilizando-se de rimas, como por
exemplo: Silvano – tocava piano; Sr. Cervantes
- histórias arrepiantes; Sr. Valdemar – gostava de remar; Sra. Mandala –
andava com uma bengala; Possante – tinha possante. Chame atenção das crianças
para esse fato, lembrando-se de relacionar o texto com as imagens.
5) Das páginas 7 à 14, Guilherme Augusto, seus pais
e os outros idosos do asilo vizinho à sua casa; dialogam acerca da perca de
memória da dona Antônia Maria e sobre o significado da palavra “MEMÓRIA”. Ao
compreender o que venha ser essa palavra Guilherme Augusto, tenta ajudar a Sra.
Antônia Maria a recuperá-la, para isso entre as páginas 15 a 18, ele passa a
procurar as suas memórias perdidas. Nesse momento da história sugerimos que
seja dada uma pausa, para que você faça o seguinte questionamento: “Quais serão
as memórias que Guilherme Augusto encontrará para colocar na caixa?”. Enquanto
as crianças falam, vá até o quadro e registre o que elas dirão.
6) Ao finalizar a história, compare as memórias
listadas pelas crianças com as apresentadas no livro e, leve as a perceber a história de cada uma, ou seja, de
cada objeto que estava na caixa que Guilherme Augusto organizou .
Valdez, Diane; Costa, Patrícia
Lapot. Ouvir e viver histórias na Educação Infantil. In: Arce ,
Alessandra; Martins, Lígia Márcia. Quem
tem medo de ensinar na Educação Infantil? – Em defesa do ato de ensinar. 2010,
Campinas. Ed. Alínea.
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